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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sobre o texto anterior ( eu acredito em utopias )

O autoconhecimento humaniza no sentido de levar cada um a compreender melhor as suas – e as de seus próximos – pequenas falhas. Sem qualquer risco da perda do respeito por si mesmo ou pelos demais. Sem o risco de alguém, na tentativa de encobrir pequenos erros - como o prazo perdido pelo alto funcionário público -, em nome de uma imagem totalmente irreal, acabar por lançar mão de expedientes criminosos, sem se importar com quem possa sair ferido ao final.

Em uma sociedade constituída por pessoas em uma permanente busca de autoconhecimento, o professor perderá o medo de dizer “não sei”; o médico será aplaudido quando a tempo refizer o diagnóstico; o padre que se casa será abençoado.

E tenho certeza de que, aos poucos, nessa sociedade na qual será a cada dia maior o número daqueles voltados para a verdade de si mesmos, um novo sentido do que seja respeitabilidade e sucesso será formado. Então, uma pessoa até poderá ser penalizada ao assumir um erro - pois dizer a verdade também quando ela não nos favoreça é o ideal -, mas, por incrível que possa parecer, talvez nesse momento ela também seja respeitada, ao contrário daqueles que inspiram apenas medo através de suas posturas "perfeitas" mas autoenganadas.

Se no fundo o que todo ser humano deseja mesmo é o amor, a admiração de seus próximos, quando os homens comuns, em seu dia a dia, houverem instituído o respeito pelo melhor de si mesmos - possível apenas através da verdade -, promovendo uma revolucionária revisão de valores, então, também o autoengano criminoso, forjado em nome do enriquecimento egoísta ou da perversão, estará com seus dias contados.