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sábado, 8 de maio de 2010

"Múltipla Escolha", de Lya Luft

Não posso dizer que seja leitora assídua dos escritos da Lya Luft. Nem que concorde com tudo aquilo que haja chegado a ler da escritora. Mas, folheando seu “Múltipla Escolha”, deparei com o seguinte parágrafo, que faço questão de registrar:

“Se pensar bem, verei que não preciso ser magro nem atlético nem um modelo de funcionário, não preciso ter muito dinheiro ou conhecer Paris, não preciso nem mesmo ser importante ou bem-sucedido. Precisaria, sim, ser um sujeito decente, encontrar alguma harmonia comigo mesmo, com os outros, e com a natureza na qual fervilha a vida e a morte é apaziguadora.”

A cada confirmação de que essa consciência, sobre a qual de várias maneiras sempre falo nesse blog, é abraçada por um número cada vez maior de pessoas, vislumbro a possibilidade de que há de chegar o dia em que a humanidade deixará de andar em ciclos de ambição egocêntrica, insatisfação e infelicidade. E dará um salto qualitativo, rompendo a repetição fútil e passando a evoluir em espiral.