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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sinédoque, Nova Iorque - para quem não viu ( ou viu )

Pode ir de espírito desprevenido.
O máximo que pode acontecer é não ter paciência pra esperar o final do filme, levantando-se e indo pra casa.
Caso consiga superar esse impulso, verificará que o filme nada deixa em suspenso: todas as principais mensagens são verbalizadas, em citações completas.
E imagino ser justamente ( consciente ou inconscientemente ) nessas mensagens - inclusive, elas fecham a história - que muitos dos que afirmam haver gostado de "Sinédoque..." se baseiam.
Afinal, no fundo, no fundo, sabemos ou, pelo menos, intuímos que somos todos essencialmente iguais, partes da humanidade tomada como um holograma mesmo: exatamente como nos diz o filme, através da voz de um ou outro personagem.
Metáfora de nosso estar no mundo, o filme, ao mesmo tempo, inteligível e incompreensível, não acrescenta muita coisa. Talvez, no entanto, enfatize nossa certeza de que, enquanto indivíduos, caminhamos inexoravelmente para a morte.
E sempre atrelados, queiramos ou não, ao nosso "script" interior.